Dom Casmurro
Introdução:
Maior escritor brasileiro de todos os
tempos, Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) era um mestiço de origem
humilde, filho de um mulato e de uma lavadeira portuguesa dos Açores. Moleque
de morro, magro, franzino e doentio, o maior escritor brasileiro se fez
sozinho, adquirindo a sua vasta e espantosa cultura de forma inteiramente
autoditada.
Além de contos,
poesia, teatro e crítica, integram essa fase os romances seguintes, entre os
quais está o nosso Dom Casmurro (1900): Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881),
Quincas Borba (1891), Esaú e Jacó (1904) e Memorial de Aires (1908), seu último
livro, pois morre nesse mesmo ano.
Toda essa obra está ligada ao estilo realista, embora seja correto reconhecer que um escritor da categoria ao estilo realista, embora seja correto reconhecer que um escritor da categoria de Machado de Assis não pode ficar preso às delimitações de um estilo de época.
Toda essa obra está ligada ao estilo realista, embora seja correto reconhecer que um escritor da categoria ao estilo realista, embora seja correto reconhecer que um escritor da categoria de Machado de Assis não pode ficar preso às delimitações de um estilo de época.
Conforme observa Helen Caldwell, Dom Casmurro
é "talvez o mais fino de todos os romances americanos de ambos os
continentes".
Construído em flash-back, o
protagonista masculino (Dom Casmurro), já cinquentão e solitário, tenta "atar
as duas pontas da vida" (infância e velhice), contando a história de sua
vida ao lado de Capitu, a qual acaba tomando conta do romance, dada a sua força
e o seu mistério.
História:
Dom Casmurro foi publicado em 1900 e é
um dos romances mais conhecidos de Machado. Narra em primeira pessoa a estória de
Bentinho que, por circunstâncias várias, vai se fechando em si mesmo e passa a
ser conhecido como Dom Casmurro. Sua estória é a seguinte: Órfão de pai, criado
com desvelo pela mãe (D. Glória), protegido do mundo pelo círculo doméstico e
familiar (tia Justina, tio Cosme, José Dias), Bentinho é destinado à vida
sacerdotal, em cumprimento a uma antiga promessa de sua mãe.
A vida do seminário, no entanto, não o
atrai, já o namoro com Capitu, filha dos vizinhos. Apesar de comprometido pela
promessa, também D. Glória a sofre com a ideia de separar-se do filho único,
interno no seminário. Por expediente de José Dias, o agregado da família,
Bentinho abandona o seminário e, em seu lugar, ordena-se um escravo.
Correm os anos e com eles o amor de
Bentinho e Capitu. Entre o namoro e o casamento, Bentinho se forma em Direito e
estreita a sua amizade com um ex-colega de seminário, Escobar, que acaba se
casando com Sancha, amiga de Capitu.
Do casamento de Bentinho e Capitu nasce
Ezequiel. Escobar morre e, durante seu enterro, Bentinho julga estranha a
forma qual Capitu contempla o cadáver. A partir daí, os ciúmes vão aumentando e
precipita-se a crise. Á medida que cresce, Ezequiel se torna cada vez mais
parecido com Escobar. Bentinho muito ciumento, chega a planejar o assassinato
da esposa e do filho, seguido pelo seu suicídio, mas não tem coragem. A
tragédia dilui-se na separação do casal.
Capitu viaja com o filho para a Europa,
onde morre anos depois. Ezequiel, já moço, volta ao Brasil para visitar o pai,
que apenas constata a semelhança entre ele e o antigo colega de seminário.
Ezequiel volta a viajar e morre no estrangeiro. Bentinho, cada vez mais fechado
em usas dúvidas, passa a ser chamado de casmurro pelos amigos e
vizinhos e põe-se a escrever de sua vida (o romance).
O trabalho:
Elaboramos um Julgamento na qual foi
decidido se Maria Capitolina Santiago, esposa de Bentinho, cometeu o crime de
adultério contra seu marido. Os estudantes do 2º ano de Ensino Médio da
E.E.E.F.M. Marcos de Barros Freire trabalharam em torno da elaboração de
cenário, figurino e personagens.
O julgamento durou em torno de duas
horas, o Promotor fez a introdução do caso, a defesa proferiu suas palavras na
busca de provas que deixasse clara a inocência de Capitu.
As testemunhas foram ouvidas e
interrogadas pela defesa e promotoria, sendo elas: D. Glória, Prima Justina,
Bentinho, Ezequiel e José Dias.
A decisão foi tomada por cinco jurados.
A sentença foi dada, por 4 votos a 1, a
ré Maria Capitolina Santiago foi declarada inocente.
Redação: Cleiton Henrique
Fotos:
fotos: Álvaro Amaral